quarta-feira, 16 de abril de 2008

TRABALHO DE PESQUISA

Essa dissertação é um relato filosófico do trabalho de pesquisa sobre o relatório final do graduando Jorge Vanderlei Conceição estudante do 5º período do curso de licenciatura em filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, por se tratar de uma pesquisa e também de um trabalho de conclusão de curso esta pesquisa já foi apresentada em algumas universidades do País, bem como em seminários, e congressos. O presente artigo tem como objetivo demosntrar a antropologia pragmática kantiana e a antropologia moral. Faz referência a lei moral e a possibilidade de uma religião racional derivada da "moral pura".
De sua pesquisa o referido autor deseja trabalhar como já relatado o seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso)onde em sala de aula, bem como nos seminários apresentou na integra sua pesquisa.
O trabalho reflete sobre o desenvolvimento de uma religião racional. A pesquisa investiga também os fundamentos da religião racional e como ela se contrapõe à religião eclesiástica. A religião racional é derivada da moral pura, porque por meio da idéia de Deus como legislador moral, ordena o gênero humano a cumpri os deveres morais como se fossem deveres divinos. A religião racional é a referencia, ou o compromisso do gênero humano para consigo. A interpretação da fé eclesial pode conter erros, porque está fundamentada em um estatuto e doutrinas de uma religião, e a fé é revelada por meio de tratados, epistola e outros documentos religiosos pelo chefe eclesial. Depois essa fé racional auxilia para máxima moral que é o supremo bem, que implica o compromisso do gênero humano consigo mesmo.

"DO ESPETÁCULO DE SANGUE AO CONTRADITÓRIO"

Esse filme, propõe uma instigante reflexão acerca das senas mostradas. Por ter se tornado um filme polêmico e considerado herético pela igreja católica, nos remete a uma re-concepção da vida de Cristo à luz não das suas virtudes divinas, mas das suas inconfessáveis fraquezas humanas. De acordo com os documentos da igreja católica, Jesus é simultaneamente humano e o filho de Deus “Divino”. Como conciliar duas “naturezas” contraditórias em um único corpo. Como se tornou homem, presumo, Jesus esteve sujeito às tentações da “carne” e de fato, uma das passagens mais famosas da bíblia traz Cristo sendo tentado por satanás no deserto.
Por outro lado, o ser divino, sua falibilidade deveria ser neutralizada. Assim, embora acabe seguindo com bastante fidelidade a trajetória de Jesus explicitada no evangelho. Jesus tinha consciência da sua própria divindade, mesmo assim, reluta imensamente em seguir seu destino, parece-me claro na cena com Maria Madalena a sós quando ele pede perdão a ela antes de ir para o deserto. Não havia achado a trajetória de Jesus por este ângulo o que me faz refletir de uma forma conjunta e fazendo uma comparação ao filme que também gerou polêmica “A PAIXÃO DE CRISTO” do diretor Mel Gibson. O filme a última tentação de Cristo, apresenta um Jesus totalmente oposto ao filme de mel Gibson, um Cristo que constrói sua própria cruz e a crucificação das pessoas, neste caso Jesus é apresentado diferentemente como justiceiro, que castiga, bem diferente daquele que acolhe o projeto de Deus em sua vida.
Portanto, me parece ser esse filme é um afronto a pessoa de Cristo, visto que a Igreja condenou como sendo uma heresia, mais ainda assim nos cabe perguntar se essas coisas de fato não aconteceram
Ora, particularmente não consigo imaginar mensagem melhor do que o sacrifício de Cristo pela humanidade, aos olhos de muito isso mostra uma cegueira, que refuto em qualquer indivíduo fanático de qualquer crença, que rejeitam qualquer interpretação teológica que não seja aquela que consideram sagrada mesmo que esta interpretação seja claramente identificada como sendo independente dos Evangelhos e, no final, acabe por transmitir uma mensagem semelhante à versão ortodoxa dos fatos.
A história narra os últimos anos da vida de Jesus, porém, aqui, ele é um homem angustiado, inseguro cheio de questionamento, que vive em conflito com ele mesmo, com a sua natureza humana. Ele vai descobrindo aos poucos sua missão aqui na terra, não antes de ser tentado de todas as maneiras.
“A última tentação de Cristo” não é como outros filmes sobre Jesus que estamos acostumados a ver, é a versão mais intimista e humana de Cristo feita pelo cinema, nós nos identificamos com ele no filme, com seus questionamentos , seus conflitos.
Já o filme “A PAIXÃO DE CRISTO” o diretor escolhe uma forma de dramatização que pouco tem a ver com os relatos evangélicos da paixão, mas muito com o espetáculo e o simulacro, tão a gosto da cultura de comunicação de massa.
O filme se filia a uma das várias interpretações da paixão de Cristo, a do sacrifício cruento, prevalecente na liturgia das igrejas e elaborada depois teologicamente por Santo Anselmo (+1109). A paixão vai além do interesse teórico e mergulha no coração das acalentadas crenças e valores de muitas pessoas. É difícil assistir o filme e não se sentir perturbados e desafiados por uma mensagem que diz respeito às raízes de nossa fé e a compreensão do mundo a sua volta. A paixão de Cristo desafia tanto os cristãos quanto os não-cristãos a reexaminar a história do julgamento, da acusação e da crucificação de Cristo, vista sob a perspectiva apresenta no filme.
Para um filósofo o filme o que faz achá-lo interessante é a questão do que é a verdade em si e de como se relaciona com a fé.
Essa seção é seguida por uma denominada “porque Cristo foi morto”? Apontado tanto para a razão quanto para o significado da morte de Cristo, que envolve a redenção e seus sentidos. Qual é a importância de seu auto-sacrifício? O que implica a cruz, especificamente para os filósofos, e em geral para o mundo?

sábado, 15 de março de 2008

Comentário Crítico do livro Filósofos e Terapeutas a partir da Postagem de Odenilton

O livro Filósofos e terapeutas se posiciona em torno da questão da cura. Na introdução do livro organizado pelo professor de filosofia da pucpr, quer abordar o principal assunto à procura comum entre filósofos e terapeutas, que de algum modo tentavam aproximar o ser do fazer, ou seja, agiam no intuito de equilibrar o corpo, buscando uma pariedade com seus ideais.
De fato a filosofia é um modo de vida. Mas não dá de colocarmos o estudo filosófico ou terapeutico como sendo só eles o solucionador dos males. Com certeza a terapia junto com a filosofia devem juntas serem mais uma ferramenta para buscar sim a cura de diversas doenças. Não podemos afirmar que só este encontro com Deus possa ser a solução, por que senão Deus não teria nos deixado os médicos para ajudar nos tratamentos. Sem dúvida alguma Deus tem ai uma grande participação, mais nesse caso também envolve o âmbito da fé, e neste caso a cura só acontece creio que Deus possa fazer o impossível.

sexta-feira, 14 de março de 2008

FILHOS DA ESPERANÇA


A história acontece na Inglaterra, no ano 2027. O filme recebe este nome, pois há 18 anos não havia nascimento de nenhuma criança. E esta jovem que consegue escapar grávida será a esperança do povo.

Uma cena que me fez parar e prestar maior atenção nos detalhes do filme, foi em meio à guerra quando a garota sai com a criança em meio aos tiros, cessa-se os tiros e todos olham a criança. Cena muito bonita, mais outra vez o final não me deixa contente, pois aquele que passou todo o trabalho para proteger a jovem morre no final.

Podemos também com este filme levantar a grande polêmica que estamos vivendo em nosso país; com relação ao aborto, a legalização ou a proibição como já funciona hoje. Ao menos penso que temos sim, que lutar pela vida, para que as novas gerações possam melhorar o que até o momento não conseguimos fazer devido nossa incompetência, ganância, ambição não conseguimos mudar.

Podemos também comparar este filme, com os outros já assistidos, que tudo vai culminar em um único lugar, a política, economia e poder. E realmente, não é fácil mostrar como a esperança de uma nova vida, um verdadeiro milagre que a jovem grávida representa, afeta a vida de todos a sua volta. Com essa trama o autor Alfonso Cuarón, fez-nos refletir e se importar, apesar de achar que a raça humana é podre e provavelmente merece o castigo.

Algo que me chama a atenção e que vale a pena ser destacado é que devido à proibição da natalidade as pessoas substituíam o nascimento de uma criança por um animal de estimação. Vejamos ai também, por outro lado, que a vida humana não vale nada. Se até os animais tem mais privilégios e regalias do que os humanos.

Concluo dizendo que o filme filhos da esperança torna*se um tópico importante para os dias de hoje e faz com que pensemos sobre o modo de como estamos construindo uma sociedade que alarga o seu caminho social de forma cruel, onde suas maiores vítimas são as crianças, porém, sua reflexão deve ser profunda, faz nos ver que nós somos as crianças de hoje, um hoje que torna inviável a vida futura, mais em mudanças que devem ser imediatas.

Os filhos da esperança é uma ótima opção para aqueles que ainda pensam no mundo de forma pro positiva e também para aqueles que perderam a esperança.

GLADIADOR


(Gladiador, EUA, 2000); Direção: Ridley Scott; Elenco: Russell Crowe, Joaquin Phoenix, Oliver Reed, Richard Harris, Derek Jacobi ,Connie Nielsen, Ralph Moeller, Spencer Treat Clark.

Resumo

A trama do filme acontece no ano 180, quando o general Romano, interpretado pelo ator Russell (Maximus), por determinação do Imperador Marco Aurélio, prepara seu exército para evitar a invasão dos bárbaros Germânicos. O imperador por ter idade avançada e ciente que estava preste a morrer, decide passar o Império Romano para seu fiel general, no qual amava muito, mas do que seu filho. Commudus filho do imperador, não aceita a decisão do pai, sente-se traído. Mata seu pai, travando assim uma grande guerra entre aquele que seria o novo imperador Maximus. Para atingi-lo de forma cruel manda matar a esposa e o filho de maximus, em forma de vingança. Revoltado com tal crueldade, o general quer a morte de César. Maximus então vinga-se do imperador, travando com ele uma batalha e matando-o, devolvendo assim ao povo de Roma seu estado.

Histórico do Filme

A história do Império romano, terceiro e último da civilização, foi precedido pelos períodos monárquico, (século VII – V a. C) e republicanos que compreende os séculos (V – II a. C) tratando – se assim do maior Império da história universal. Durante o Império estabiliza-se a postura do cultivo escravista, que se alarga até o século III, porém, quando o problema de estrutura política é atingido acabam afetando o inicio do conflito escravista, naturalmente atinge o Império.

O adensamento provocado pelas invasões bárbaras, culminou com a posse de Roma pelos ostrogodos no século V. O período que compreende o filme está situado no baixo império, que assinala o governo de Marco Aurélio. Este período de invasão se desenvolve até a queda do império romano no ano de 476. Apesar de ter estabilizado a centralização administrativa e hierárquica das funções, interpretando as leis com os sentidos mais humanitários, Marco Aurélio não poupou também os cristãos de terríveis perseguições.

A trama do filme em si, torna-se bonita, embora o massacre com os povos bárbaros, para poder se chegar ao poder denota um grande abuso de autoridade por parte de Marco Aurélio. Se analisarmos a história, veremos que Roma procurou toda à isnpiração no ideal Grego, o conceito de sociedade, de estado, de religião, de filosofia, arquitetura, artes, etc. Só que colocaram em prática num grande território, aquilo que os gregos só conseguiram em suas cidades-estados. O filme em si se dá em um período de decadência de valores, onde a corrupção já se apossava do senado romano, o imperador Marco Aurélio, compactuava com esta desordem na parte política, por isso procurava alguém que não estivesse corrompido, colocando assim toda sua confiança no legado de Maximus.

ÉDIPO REI


A tragédia do ultimo sábado quis apresentar a todos os telespectadores a história vivida por Édipo ao saber pela profecia de Delfos que irá matar o Pai e desposar a mãe.

Édipo nasceu em Tebas. Era filho do rei Laio e Jocasta. Certa ocasião, o oráculo profetizou que Laio seria morto pelo filho. No entanto, esse pastor ficou comovido e entregou a criança a outro homem, que por sua vez levou o menino para o rei de Corinto-Pólipo, que não tinha filhos.

Com a morte de Laio, Édipo torna-se rei, casando-se com sua mãe, como já falado acima. A trama se dá em torno da descoberta de quem mata o Laio. Eis que chega o mensageiro vindo de Corinto, conta história de que Pólipo não seria o verdadeiro pai de Édipo e sim Laio. Com a morte de Laio cai sobre aquele lugar uma maldição que só acabaria com a descoberta do assassino de Laio.

Então Édipo tomou a tarefa de encontrá-la consultando o profeta cego Tirésias, que resultou em revelar a identidade do assassino, mas que acabou por fim falando que era Édipo o vilão. Com isso Édipo suspeitou que seu cunhado Creonte estivesse mancomunado com Tirésias para assumir o Trono. Com a chagada do mensageiro que comunica a morte de Pólipo, Édipo vê-se livre de parte da maldição. Jocasta volta ao palácio onde se enforca. Édipo por sua vez, arranca dos broches de ouro do vestido dela e perfura os olhos. Isso tudo acontece por Édipo saber através do pastor que seus verdadeiros pais eram Laio e Jocasta. Édipo era feliz quando “não via” a realidade, imaginando-se um homem poderoso, quando na verdade havia matado o pai e mancomunado uma relação com a mãe.

A tragédia em si é muito inspiradora, e requer uma análise profunda do tempo, época vivida por esses personagens para poder analisar abertamente o trama vivido por Édipo. Na verdade o que mais estava em jogo, assim, como em Antígona era a luta pelo poder, como vai aparecer também no filme “Gladiador”. Todos esses geram comentários críticos acerca do poder políticos, momentos vividos também no nosso contexto atual em se tratando de Brasil.

Antigona


Sófocles nasceu por volta de 496 a. C., na pequena localidade de colono, nas mediações de Atenas. Durante sua longa vida, Sófocles presenciou a expansão do império ateniense, se apogeu com Péricles e, finalmente, sua decadência após a derrota na Sicília, durante a guerra do pelo Peneso.

São os gregos, como Sófocles, a fonte para o debate das questões morais da vida humana. Em sua peça, Antígona, por exemplo, Sófocles transforma o mito grego em um drama universal, de uma forma ou de outra, vivido por cada um de nós. Sai intenção, como bom grego, é mostrar que toda a ação humana é susceptível de erro. Daí a característica de sua literatura, alimentada pela mitologia.

Na tragédia grega Antígona, Sófocles leva o leitor a uma reflexão profunda acerca das diversos temas que nos fazem parte da vida dos seres humanos, por exemplo: Política, religião, direito, diferenças entre gêneros, perfis psicológico e, principalmente, a moral, destacando que as ações morais são irreverssíveis.

Antígona teve como punição a própria morte, por se julgar acima das leis do estado; ela se colocou na condição de Deus ao julgar Creonte e foi responsável por duas mortes; Hêmon e Eurídece. Assim, a oposição de Sófocles em sua trama é tão perfeita que a própria Heroína da história teve atitudes negativas e criminosas, ao passo que antagonista passou a ser uma pessoas melhor no final do mito. Podemos destacar outros pontos que marcaram a encenação apresentadas pelos meus colegas, com isso, recorro ao texto interpretado para não falhar no comentário e cometer injustiça diante de uma apresentação tão bonita feita pelos mesmos. Alguns motivos levaram Antígona e Creonte defenderem suas posições particulares e políticas respectivamente. A atitude de Antígona teve como antecedente a luta pelo estado, a disputa dos dois irmãos pelo poder. Em contra ponto, ao lado político Creonte foi motivado pela tragédia familiar que fez Jocasta se matar e Édipo abdicar, permitindo, assim, o acesso de Creonte ao poder.

Creonte representa o poder estabelecido. As atitudes que toma visam à manutenção desse poder, de tal forma que os fins, para ele, parecem justificar os meios, ao punir Antígona, independentemente de suas razões e crenças pessoais. Projeta nos outros seus próprios defeitos, como o autoritarismo e o comportamento pautado pela ganância. Não consegue se retratar a tempo para corrigir um erro e evitar uma tragédia que, inclusive, o prejudica severamente.

A tragédia expõe ao Público as relações delicadas a que somos expostos dentro de uma sociedade e o quanto é importante que os nossos desejos não superem a razão. A discussão da moral enfoca a importância da empatia com o outro, assumindo, assim, a postura de sempre olhar para ambos os lados e tentar entender até onde somos levados pela emoção. Esquecemos da importância de nos dedicarmos a analisar um problema, em vez de simplesmente julgar, buscar temperança. A mitologia ajuda a tragédia no momento em que ela direciona a discussão, criando opostos (como o caso da trama vivido por Antígona) e ajudando na formação de uma consciência crítica para formação de opinião.

O pleno sucesso da democracia ainda é algo a ser buscado pelos homens, e, para isso, deve ser adaptada a algumas práticas gregas, tais como a participação política dos cidadãos de forma engajada e consciente e a reflexão sincera sobre as questões éticas, para que os cidadãos atuem e assumam a responsabilidade de organização da sociedade em nível coletivo e não de pequenos grupos, como continua sendo feito nos dias atuais.